27/06/2018 | Eleições 2018

O financiamento coletivo e os cases de sucesso de campanhas políticas


Por Guilherme Anderson Sturm
CEO and Founder
Tempo de leitura: 3 minutos

Sim, ele está em alta neste período de pré-campanha: o financiamento coletivo. Na última semana, falamos do exemplo de Marcelo Freixo, que mobilizou, em 2016, mais de 14 mil pessoas – arrecadando cerca de 1,8 milhão -, durante sua disputa para a prefeitura da capital do Rio de Janeiro.

Também conhecido como crowdfunding ou vaquinha eleitoral, o financiamento coletivo tem garantido o seu lugar de destaque nas eleições 2018.

E quem mais apostou no crowdfundig no mundo político?

Pelo mundo afora, existem diversos cases de sucesso de campanhas que focaram seus esforços no financiamento coletivo e tiveram resultados impressionantes.

Nos Estados Unidos

Barack Obama é um bom exemplo. Durante as campanhas presidenciais de 2008 e 2011, havia um espaço específico no site destinado às doações virtuais. No formulário disponível existia a possibilidade de escolher qual valor seria doado, números que variavam de 10 a 1000 dólares, ou seja, acessível a todos os bolsos.

Com a média de 80U$ por doação, foram arrecadados 600 milhões de dólares. A campanha de financiamento coletivo demonstrou a viabilidade de um candidato popular arrecadar uma soma expressiva de dinheiro sem depender de doações de maior porte.

 

 

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Podemos, na Espanha

Em 2014, o partido Podemos, da Espanha, utilizou uma plataforma de arrecadação de recursos, com metas e prestação de contas em tempo real – áreas em que as doações seriam aplicadas. Ao fim da campanha, o partido arrecadou cerca de 1,2 milhão de euros.

Para cada providência necessária para a realização da campanha eleitoral havia uma meta específica, como para pagar gasolina e transporte de militantes (10.440 euros), gravação de programas eleitorais (7.051 euros) ou despesas de envio de propaganda eleitoral pelo correio (a cada 10 euros, seriam enviadas 72 correspondências).

Haavisto, na Finlândia

A campanha de Pekka Haavisto, em 2012, na Finlândia, foi baseada em grupos autônomos de campanhas auto-organizados - com pouca ou nenhuma supervisão do comitê de campanha principal.

Os grupos usaram memes e flashmobs, produziram propagandas de televisão e criaram todo o material mais visível da campanha. Em torno de 80% de todo o financiamento veio por meio de uma ferramenta de microfinanciamento, além do fato de que esses grupos organizados se utilizaram principalmente do Facebook e Twitter para divulgar e “viralizar” o seu material. Do total de 8 candidatos, Haavisto ficou em segundo lugar na disputa. 

Partido Verde, na Inglaterra

Em 2015, o Partido Verde, da Inglaterra, também investiu esforços no crowdfunding. Utilizando a plataforma crowdfunder.co.uk, a sigla teve o apoio de 2.976 pessoas espalhadas por todo o território britânico, arrecadando mais de 74 mil libras - algo incomum para um sistema distrital de votação. 

Na Escócia

Na Escócia, Alex Salmond, ex-primeiro-ministro, que ocupou o cargo de 2007 a 2014, também organizou uma campanha nacional de arrecadação pelo crowdfunding usando a mesma plataforma, permitindo que 307 apoiadores doassem mais de 13 mil libras, o que o ajudou a ser eleito a uma cadeira no Parlamento de Westminster, nas eleições gerais de maio de 2015 pelo Scottish National Party (SNP). Somente em Edimburgo Norte e em Leith, eles alcançaram a meta de 5 mil libras e angariaram mais de 7.600 euros de cerca de 212 apoiadores.

 

Com informações da publicação Estudos Eleitorais, do TSE

 

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