Big Data, termo popularmente conhecido nos últimos anos, refere-se a um grande volume de dados armazenados e extraídos da internet. Volume este que cresce dia após dia. Uma pesquisa do Gartner e IDC - Instituto de Inteligência de Mercado, revela que em 2018 os dados em rede alcançarão 40 trilhões de gigabytes.
Embora o termo em si seja conhecido, ainda existe pouca experiência no uso de dados. São milhares de informações a respeito do seu público alvo que, se analisados de forma qualitativa, podem enriquecer o marketing, que sempre teve como objetivo estabelecer conexões emocionais entre marca e consumidor.
Nas mídias digitais, por exemplo, a identidade das pessoas se define a partir do conteúdo que elas compartilham. E este é um campo vasto de referências sobre seu público: as redes sociais. É possível identificar informações relevantes em publicações e interações dos usuários.
Nos últimos anos, a prática desse tipo de monitoramento evoluiu muito. Agora, com ferramentas certas é possível ter resultados muito mais aprofundados e estratégicos. Diariamente seu público produz um enorme volume de informações que, quando coletadas e estruturadas, podem render dados valiosos para campanhas.
Durante este período que antecede as eleições, o uso do big data é um grande aliado para os políticos. Como saber quem são os eleitores? No que acreditam? Quais são seus desejos? Os processamentos analíticos podem responder, indo muito além da divisão demográfica e ideológica que as pesquisas eleitorais revelam.
A segmentação psicográfica é um exemplo. Ela traça o perfil psicológico dos eleitores que não se retém em dividir os indivíduos por classe social ou grau de escolaridade, mas é capaz de descobrir do que as pessoas têm medo, ou o que as inspira para a partir disso adaptar a mensagem do candidato.
Um tuíte, um post no Facebook, comentários no Youtube... Tudo pode ser aproveitado e analisado dentro das ferramentas de Analytics. Na política, possuir essa vigilância virtual pode auxiliar também na gestão de imagem do candidato, acompanhar a personalidade dos eleitores, saber que os internautas têm debatido sobre o político, ter conhecimento do que os concorrentes estão comunicando, entre outros pontos.
Isso comprova que é preciso falar com o público de forma certa, para então otimizar os resultados. Para extrair esses indicadores é necessária a utilização de ferramentas adequadas. O candidato que conseguir tirar proveito das mil e uma utilidades do Big Data estará um passo à frente dos demais.
Hoje, as pessoas compartilham o que querem, mas essas informações estão dispersas e divididas em muitas plataformas distintas. Analisar e traduzir os dados em insights poderá antecipar o que acontecerá durante o percurso ou até levar o político a uma vitória na próxima eleição.
Por fim, além de elaborar ações que envolvam seu público nas redes sociais, planeje em quanto você pode extrair do monitoramento e análise de dados destes meios. O Big Data pode se tornar uma fonte inesgotável de informações estratégicas.
Texto produzido por Eduardo Prange, CEO da Zeeng - empresa parceria da Essent Jus.